Semente
As sementes têm a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e desenvolvimento da agricultura. As sementes iniciam nas flores, com a fertilização dos óvulos, ou seja, a recombinação genética de gametas masculino e feminino, estabelecendo uma variabilidade genética favorável à adaptação das espécies. Uma semente é um óvulo fertilizado e desenvolvido, com grandes diferenças físicas entre as espécies, porém suas semelhanças são muitas e talvez mais importantes. Muitas vezes, o termo semente é usado em seu sentido funcional, indicando toda e qualquer estrutura vegetal capaz de reproduzir uma planta.
Definição:
É o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, protegido pelo tegumento.
Constituição da Semente:
– Tegumento ou casca – testa, tégmen ou tegma
Amêndoa :
– Embrião :
a) Radícula – raiz rudimentar
b) Caulículo – é a porção caulinar do embrião
c) Gêmula – é o cone vegetativo apical, com os primórdios das primeiras folhas propriamente ditas.
d) Cotilédones – é a primeira ou são as primeiras folhas das Phanerogamae
– reservas:
a) Albume ou endosperma ou perisperma – pode ocorrer na semente ou desaparecer durante a formação do embrião. Ex.: milho.
b) perisperma – tecido originado pela parte da nucela, persistente, durante a formação do albume. O perisperma pode ser a única reserva da semente (Cannaceae) ou ocorre juntamente com o albume (Piperaceae)
Desenvolvimento da Semente
Formação do embrião:
o zigoto diplóide (proveniente da fusão do microgameta com a oosfera) divide-se em duas células. A mais externa, encostada à micrópila, por divisões sucessivas, forma um cordão, o suspensor, ligado por um lado ao saco embrionário, por onde recebe substâncias nutritivas; o suspensor tem vida efêmera. A mais interna, concomitantemente, por divisões sucessivas, forma o embrião, que é a futura planta.
Formação de reservas:
Ao mesmo tempo em que os fenômenos acima se verificam, o núcleo
triplóide (proveniente da fusão do microgameta com o mesocisto), por divisões sucessivas, formará um tecido de reserva, o albume.
Formação do tegumento:
Os integumentos dos óvulos, geralmente, vão originar o tegumento, que é o revestimento protetor da semente.
DISSEMINAÇÃO DAS SEMENTES E DOS FRUTOS (DIÁSPOROS)
Processo pelo qual os diásporos são dispersados, isto é, são transportados ou lançados a maior ou menor distância da planta que os originou. Os diásporos são as unidades orgânicas (sementes, frutos ou propágulos) destinadas à propagação das plantas.
SÍNDROMES DE DISSEMINAÇÃO
– Antropocoria – quando é feita pelo homem, acidental ou espontaneamente;
– Zoocoria – quando feita com auxílio dos animais. Ex.: frutos e sementes com pêlos e espinhos que adeaderem ao corpo dos animais. Ex.: carrapicho, picão e carrapicho–de-carneiro. Outras vezes, são ingeri das por aves, macacos e outros animais, sendo as sementes disseminadas junto com as fezes. Ex.: erva-de-passarinho.
– Anemocoria – quando feita com auxílio do vento. Ex.: sementes e frutos leves ou minúsculos. Ex.: sementes de orquídeas. Outras podem ter expansões aliformes: pente-de-macaco, ou pêlos com aspecto de para-quedas: paineira, oficial-de-sala e língua-de-vaca.
– Hidrocoria – quando feita com auxílio da água. Ex.: sementes e frutos com cutícula impermeável. Ex.: coco. É comum apresentarem fIutuadores especiais,
como tecido esponjoso ou sacos aeríferos. Ex.: Hemandia guianensis (ventosa) e pinheirinhod’água.
– Autocoria -quando feita pelo próprio vegetal. Ex.: frutos que se abrem com grande pressão, lançancaracteres do as sementes a distância. Ex.: beijo-de-frade.
– Barocoria – quando feita pela ação da gravidade. Ex.: sementes ou frutos pesados. Ex.: abacate.
– Geocarpia – quando os pedúnculos, após a fecundação, enterram no solo os próprios frutos, onde amadurecem. Ex.: amendoim.
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